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Liberte a sua agenda de reuniões improdutivas
Outubro 11, 2017
A Harvard Business Review publicou, no passado mês de agosto, um interessante artigo que cobre um tema de relevo e com impacto no funcionamento das nossas organizações. O título “Stop the meeting madness” rompe da página inicial e traduz um tópico que todos conhecemos e que recai precisamente no excesso de tempo despendido em reuniões mal conduzidas e ineficazes. Não há dúvida que as reuniões poderão produzir reais benefícios para o enriquecimento de relações e para a troca de informação relevante. Para além disso, propiciam a colaboração, a criatividade e a inovação. Porém, são utilizadas em excesso pelos executivos que sacrificam o seu tempo e a sua produtividade em prol de algo que não produz o efeito desejado nos resultados e que, pelo contrário, gera custos à organização. Perlow, Hadley e Eun apontam um conjunto de consequências reais, advindas deste fenómeno tão comumente seguido por todos nós. Encontramos, entre elas, o consumo de um tempo que poderia ser empregue na concretização de tarefas que requerem concentração e que estão diretamente relacionadas com momentos de criatividade e eficiência. As autoras chamam-no “deep work”, um termo que descreve o foco sem distração, na realização de tarefas de elevada exigência cognitiva. O resultado é óbvio e conhecido por muitos: o recurso acaba por revelar-se num acumular de horas de trabalho que ultrapassam o normal e na utilização dos fins de semana como os momentos possíveis para a realização de tais tarefas. Existe um conjunto de outras consequências que poderiam ser sublinhadas neste texto, nomeadamente os custos para a empresa e o impacto nos níveis de satisfação dos colaboradores. Porém, todos conhecemos – melhor ou pior – os efeitos que esta prática produz no dia a dia laboral. Focar-nos- emos na solução proposta neste artigo, que passará por um processo de cinco passos que, juntamente com um trabalho prévio de diagnóstico – poderá mudar o modo como as equipas e as organizações abordam o tema das reuniões. Infelizmente, um indivíduo não poderá resolver, por si só, este problema. Bastará pensarmos no número de vezes que já tentámos reorganizar a agenda e reduzir o número de reuniões agendadas. O volume de pessoas envolvidas na marcação e organização desses momentos é elevado, pelo que serão todos vós – num esforço coletivo – os alicerces dessa mudança de padrões dentro da equipa. Os cinco passos descritos pelas autoras, e que passam pela análise e reorganização dessas unidades de trabalho, são os seguintes:
Terminando com a nota das autoras, “Meetings do not have to be a trap; they can be a conduit for change. A process like this one can improve productivity, communication, and integration of the team’s work, not to mention job satisfaction and work/life balance. In the end, better meetings—and better work lives—result.” Referência: Perlow, L., Hadley, C. & Eun, E. (2017). Stop the meeting madness: how to free up time for meaningful work. Harvard Business Review. |