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A inovação pela voz de Margrethe Vestager
Novembro 14, 2017
![]() Margrethe Vestager, European Commissioner for Competition, subiu ao Centre Stage do Web Summit 2017 para dar voz ao tema “Clearing the path for innovation”. Os seus quinze minutos começaram com a referência à sua terra natal - Glostrup, na Dinamarca - que se distingue pelas suas abertas e planas superfícies, sobre as quais mora um extenso céu que invoca a capacidade de sonhar. Margrethe foi convidada a juntar-se ao Parlamento com cerca de 20 anos de idade. A questão que a incitou a tomar uma decisão positiva - e que se sobrepôs às restantes “Why you”, “Why now” e “Why change” - foi “Why not?”. E é precisamente daqui que parte a disrupção, que se ousa romper com o que existe e transformar o real numa quase utópica forma de estar. Na verdade, essa utopia acabará por tornar-se, ela mesma, uma realidade cada vez mais presente. Podemos comprovar isso com o exemplo do papel da tecnologia no nosso dia a dia. A competição é um dos temas mais sublinhados por Margrethe durante o seu discurso. Caso não nos ajustemos, na interação que estabelecemos com os outros, não poderemos evoluir e, desta forma, ganhar. O mesmo acontece com as empresas. Todas elas deverão existir num ambiente de igual oportunidade e de abertura à mudança e à dita disrupção. Olhemos para a Google, uma enorme empresa de sucesso que domina o mercado com o seu mais conhecido motor de pesquisa. O seu sucesso é indiscutível e acende em todos nós um ímpeto de fazer mais e melhor, de ir além e de exercer, no nosso meio, uma maior influência. Porém, este sucesso não deverá esmagar a possibilidade de competição por parte das restantes empresas e anular a capacidade de inovação registada até à data. Como Margrethe afirma, “O sucesso das empresas não deverá basear-se no seu tamanho, mas sim na sua capacidade de inovação.” Uma outra questão que aparece ligada às empresas e à tecnologia regista-se na sua componente de relacionamento com os consumidores, nomeadamente no que se coaduna com a confiança. Os números são claros: menos de um quarto dos Europeus confia que os seus dados ficarão seguramente guardados nos bancos de informação das empresas online. Existe, portanto, uma lacuna que deverá ser preenchida e que se relaciona com a forma como o mercado se apresenta perante cada um de nós. No fundo, a responsabilidade de mudança está nas nossas mãos. E é assim que Margrethe termina, dizendo que, apenas desta forma, poderemos garantir que a tecnologia serve a sociedade e não o oposto. Escrito por: Carolina Taveira (ELPing) |