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International Career Management: a história de Inês Correia de Oliveira
Abril 26, 2017

Polónia: uma experiência dura mas muito enriquecedora

Inês Correia de Oliveira foi destacada para Varsóvia como Treasury Officer no Bank Millennium, na Polónia. Esteve lá 3 anos, entre 2009 e 2012. Hoje, regressada a Portugal, reconhece ter desenvolvido competências em várias áreas. O evento "International Career Management", da AESE, realizado a 9 de março, foi palco para a partilha dos desafios e oportunidades encontrados como expatriada fora das fronteiras de uma instituição nacional.


Tomada de decisão

À data do convite, Inês era responsável pela área de Risco de Taxa de Juro na tesouraria do Millennium bcp. O convite foi recebido com grande surpresa. Atraída pela proposta de assumir um cargo de muita responsabilidade, “pensei ser um desafio, uma forma de me desinstalar das minhas rotinas diárias”.

A decisão teve de ser muito rápida, “porque o convite foi feito em meados de junho e a minha filha teria que começar o ano letivo em meados de Agosto. No dia 22 de agosto, estava na Polónia.”


Planeamento

A decisão da partida foi, portanto, um desafio do Banco e toda a mudança foi combinada com o Banco. “Fui muito bem acompanhada pelo Millennium bcp. Tive um apoio fantástico a todos os níveis da integração: procura de casa, móveis, mudança, matrícula na Escola Internacional para a minha filha, carro, etc .”

Quando se toma uma decisão de aceitar ou não um desafio deste tipo, tem que se ponderar vários fatores: “Primeiro, a ordem em que cada um coloca os pilares fundamentais, que é o trabalho, a família e a questão financeira” – e o grau de relevância que atribui a cada um deles.”

“À partida, é sempre uma experiência muito enriquecedora, que nos abre os horizontes para outras realidades, outras formas de pensar e de trabalhar. Depois, em função desses três pilares, há que pesar os prós e os contras de cada um deles; o que é que é mais importante, se é o trabalho em si, se é a família, se há condições também para a família se integrar, porque uma pessoa que vai exercer funções para outro país, por muito bom que seja, se a estrutura familiar não se adaptar, pode deixar tudo a perder. Pode-se ganhar por um lado e perder-se por outro. ”


Os desafios

Neste processo também houve dúvidas: “a Polónia para mim era um país estranho, cuja realidade eu desconhecia, em fase de grande transformação mas que eu não sabia em que estado de desenvolvimento estava, para além da língua.”

A vivência na Polónia foi dura, “mas como com todas as experiências duras, aprende-se muito. O meu primeiro receio foi: estarei à altura? Depois, por ser uma cultura e um povo completamente diferente, serei aceite?” Além disso, sendo mulher, como chefiar um departamento com 50 pessoas e como será que me vão receber? Não vou ter ninguém que me ajude na fase de transição/adaptação pois a pessoa que fui substituir já se tinha vindo embora.”


Conselhos

Inês Correia de Oliveira considera que num processo de expatriação é preciso:

  • Estar com vontade de desinstalar-se;
  • Preparar-se para se adaptar às diferenças culturais;
  • Elencar os fatores críticos e ponderar as vantages e desvantagens da mudança.

Escrito por: Cláudia Dias (AESE)